quarta-feira, 21 de julho de 2010

UMA ESCOLHA À NOVA ASOF: VIVER DE ILUSÃO OU TER MAIOR PROTAGONISMO.

Meus caros amigos!
Numa democracia (de massas) igual a nossa e eleições a cada instante, veremos sempre serem privilegiados os aspectos políticos e não os técnicos. É só prestar atenção nas pressões pré-eleitorais em curso, sinalizando que: “que nós estamos cansados de vivermos somente de ilusões”. Não precisamos ser PhD em política, porém há necessidade de nos educarmos melhor, para podermos debater de igual para igual. O pragmatismo da vida moderna está estabelecendo novos métodos para obtenção de ganhos. Nesse sentido, a nova gestão da ASOF, se bem orientada e treinada, pode cumprir importante papel.
Para entender o processo, como ele se dá realmente, basta constatarmos que nunca tivemos uma política salarial digna, satisfatória (e definitiva), pois nunca soubemos influenciar os poderes públicos e a sociedade da importância da atividade policial. Por isto, não me espanta uma notícia do Congresso Nacional, da possível aprovação de um reajuste aos seus servidores, onde um telefonista daquele poder (nada contra ele) passará a ganhar mais de 16 000,00 mil reais ao mês. Por purismo, acabamos nos distanciando demais da política, dando carta branca para que outros intercedessem por nós, sem nenhum conhecimento de causa.
Como profissionais de segurança pública, portanto técnicos, nunca tivemos muita paciência, e nem nos acostumamos a discutirmos as políticas de segurança, com a devida responsabilidade política. Ouso em dizer, que nem sabemos identificar ainda um “problema político de nosso real interesse” (grifo nosso). E porque digo isso? Seria burrice? Óbvio que não. Acontece que a linguagem política ainda soa um tanto estranha para nós, pois foi nos vedada lá na origem, pelo rigorismo castrense. Não tivemos a oportunidade de criarmos um pensamento político (com DNA próprio). Aliás, está passando da hora, para nos tornarmos donos e sujeitos da nossa própria história.
Entendo que a nova ASOF, não deva (obrigatoriamente), se ocupar das questões políticas, pelos menos nas questões partidárias, eleições ou ter preferências ideológicas. Basta que sejamos apartidários na ação política, ao defendermos os nossos pontos de vista. Portanto, não vejo nenhum impeditivo, para que não passemos logo, a produzirmos idéias políticas (mais relevantes), sobretudo aquelas que farão valer os princípios e valores já consagrados, visando preservar a dignidade e a valorização da carreira dos Oficiais de nível superior.
Acho finalmente, que temos grandes temas para discussão na ASOF, inclusive podemos tratar sobre outras políticas públicas (correlatas), que ajudem a aperfeiçoar a nossa “práxis política,” a partir desta nova visão. Penso que pra termos uma maior expressão política ainda é um anátema a ser exorcizado entre nós. Levará algum tempo para o aprendizado. Mas, graças a Deus, a democracia brasileira se alarga mais a cada dia, principalmente no que tange às liberdades individuais e coletivas. Aproveitemos para sairmos do casulo e mostrarmos a nova cara da ASOF ao mundo. Como dizia Max Webber: “Há duas maneiras de fazer política: ou se vive para a política ou se vive da política”.

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