sábado, 6 de novembro de 2010

O FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO: Seus preceitos, causas e relação com o terrorismo

1. Preceitos gerais: O fundamentalismo islâmico caracteriza-se pela rigorosa aplicação dos preceitos do Corão, principalmente a “sharia” (legislação suprema), que define as práticas dos muçulmanos no seu dia-a-dia, com relação ao comportamento, atitude e alimentação. Consideram como “impuros” os valores e costumes ocidentais. 2. Suas causas principais: Para que entendamos este fenômeno da pós-modernidade, citaria algumas: - A crise de identidade do mundo árabe e muçulmano; - A repulsa pelo colonialismo, neo-colonialismo e ao socialismo soviético: - O descrédito nos seus modelos políticos convencionais; - A atração pelo pan-arabismo; - A reação ao laicismo e ao reformismo: - A reação etnocêntrica marcadamente xenófoba; - O sentimento de humilhação em relação às grandes potências ocidentais; - A influência da revolução iraniana de 79; - Os efeitos do colapso da União Soviética e também o fim da guerra fria. 3. Relações com o terrorismo: Antes, é preciso diferenciar o termo “terrorismo” da religião de Maomé, que tem milhares de fiéis no mundo. Inspirado na “Jirad” (guerra santa), o fundamentalismo islâmico assusta pela violência de suas ações, todavia, a maioria dos muçulmanos repudia estas ações. Existe hoje uma guerra declarada de forma seletiva pelos EUA, centrada no terrorismo desenvolvido pelo radicalismo islâmico, que contra-ataca à sua maneira, alvos ocidentais, regimes muçulmanos moderados e pró-ocidentais e finalmente, a sua hostilidade permanente com Israel, ainda longe de uma solução pacífica e consensual.








Sites pesquisados:

.http://www.espacoacademico.com.br/006/06almeida_isla.htm
.http://www.ciari.org/investigação/fundamentalismos_religiosos.htm>
http://www.reservaer.combr/est-militares/euaxislamico.html>

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CONCEPÇÃO DE "ALMA" PARA PLATÃO E ARISTÓTELES

I – Concepção de alma (para Platão): Ele concebe o homem como um ser composto de corpo e alma. O corpo, constituído de matéria, está sujeito às leis da physis e está em constante mudança. A alma (psykhé, princípio que move o homem) é imutável. Por estar unida ao corpo, a alma precisa se adaptar a ele. Nessa união, ela acaba assumindo três aspectos diferentes que, embora se complementem, se desenvolvem, e se manifestam em ritmo e intensidade desiguais, podem entrar em conflito entre si, às vezes. Assim, a alma do ser humano engloba três funções, cada uma delas associada a uma parte do corpo. Embora ela seja una e indivisível, manifesta-se como se fosse uma composição de três almas diferentes, objetos da psicologia aristotélica: 1) Elemento apetitivo ou concupiscente: no baixo ventre, com função de prazer, dor, desejo e das necessidades corporais (alimentação, repouso, sexualidade); 2) Elemento irascível: no tórax, com função de sentimentos (coragem, covardia, amor, ódio, etc.); 3) Elemento racional: na cabeça, com função de razão (faculdade ativa e superior, capaz de diferenciar o bem e o mal, a ilusão e a verdade). Essa concepção de alma é a base da ética platônica. A cada parte da alma, Platão ainda atribui uma virtude específica, acrescentando ainda uma quarta virtude, a Harmonia do conjunto: que é Justiça, o correto ordenamento das outras três virtudes, assegurando a cada parte da alma a realização de sua função, subordinando, mas não submetendo a Moderação à Fortaleza, e ambas à Prudência.
II – Concepção de alma (para Aristóteles): a matéria não possui nenhum movimento intrínseco. No entanto, encontramos na natureza seres animados, os quais possuem em si mesmos um princípio de movimento. Esse princípio é a alma. Ela é forma que organiza os seres animados. Aristóteles a define como “a alma é aquela coisa devido à qual vivemos, sentimos e pensamos”. Segundo a teoria formulada na obra Acerca da Alma, enquanto que em alguns seres a alma possui apenas uma função ligada à manutenção da vida, em outros, ela apresenta funções mais complexas. Fundamentalmente, a alma pode apresentar três funções distintas, que leva Aristóteles a falar de três partes da alma, ou mesmo de três almas: 1) a alma vegetativa: é o princípio que regula as atividades biológicas. Está presente em todos os seres vivos, plantas e animais, e inclusive no homem. É responsável pelos instintos, pelos impulsos, crescimento, nutrição e reprodução; 2) a alma sensitiva ou desiderativa: está presente somente nos animais, é responsável pelas sensações, pela percepção das peculiaridades dos objetos com os quais os animais entram em contato. Essa alma ainda coordena os movimentos corporais; 3) e a alma intelectiva ou pensante: que é uma exclusividade do ser humano. Ela é a capacidade de pensar discursivamente, de elaborar teorias e de pensar em explicações. É dela que deriva a capacidade de formular juízos sobre a realidade.
III - Comparações entre ambos: Verificamos que tanto Platão como Aristóteles compartilham o mesmo pensamento, de que a alma é um ser que se move por si. Entretanto, para Platão a alma é dotada de partes reais, no que, na concepção de Aristóteles, ela é dotada de unidade. Platão também admite a imortalidade da alma enquanto na teoria aristotélica a imortalidade é parcial. Segundo Aristóteles, diversamente de Platão, todo ser vivo tem uma só alma, ainda que haja nele funções diversas, faculdades diversas, porquanto se dão atos diversos. Assim, conforme Aristóteles, diversamente de Platão, o corpo humano não é obstáculo, mas instrumento da alma racional, que é forma do corpo. A teoria psicológica de Platão carece de todo valor científico, baseando-se no mito da preexistência das almas. Esta alma está presa ao corpo com uma união acidental, violenta e antinatural, sendo que o corpo é o túmulo da alma, decaída de uma vida feliz anterior. Já a psicologia aristotélica investiga sobre a alma, fixando-se em seus atos, dos quais deduz sua natureza e propriedades. Não considera a alma com coisa estranha ao corpo, senão que é seu princípio vital, unida a ele naturalmente como forma à sua matéria, de maneira substancial, constituindo um composto único e natural, que é a pessoa humana. Na questão de gênero e sua importância histórica, Aristóteles dizia que no homem havia inteligência na alma, capaz de aprender a essência de modo independente da condição orgânica. Já a mulher era considerada um ser incompleto, um meio-homem para Aristóteles. Na reprodução, ela seria passiva, ao passo que o homem seria ativo, aquele que semeia. A concepção de corpo como cadáver ou sepultura da alma advém do orfismo pitagórico, migra depois para Platão, e vai constituir a filosofia aristotélica. Embora Aristóteles elabore uma teoria da alma bem mais complexa que a de Platão, ele não chega a se desprender totalmente das bases estabelecidas pelo seu antigo mestre. Finalizando a questão, diria que muitos pensadores, desde os primórdios do pensamento humano, tentaram questionar o que vinha ser a alma, de onde vinha, para onde iria, mas somente Platão e Aristóteles conseguiram sistematizarem grandes teorias, ou mesmos sistemas, sobre a alma, que posteriormente, acabaram influenciando as concepções de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino e ainda, de forma mais geral, à questão das tensões aristotélicas e platônicas na psicologia que se faz presente até os tempos relativamente recentes.

A ATUALIDADE SOCIAL DO MARXISMO

Busco apoio num escrito de Mandel (1983), para dizer que a influência do pensamento de Karl Marx sobre a realidade social atual parece mais forte do que nunca. O marxismo sendo a unidade de dois movimentos, um teórico, outro prático, faz-se necessário um esforço para precisar a sua atualidade. Num primeiro aspecto – o da capacidade de análise e de previsão científico – é particularmente positivo. Marx compreendeu no seu tempo, a dinâmica grandiosa das revoluções tecnológicas inerentes do modo de produção capitalista, em função da propriedade privada, da economia de mercado, da concorrência e da sede insaciável que resulta da extorsão crescente da mais-valia do trabalho vivo a fim de acumular cada vez mais capital. Ele compreendeu que brotaria o monopólio, submetido a uma concorrência cada vez mais feroz, onde os pequenos sendo esmagados pelos grandes sem piedade. Também previu a ocorrência de crises econômicas e guerras, de custo humanitário incalculáveis. Num segundo aspecto – é o da prática – graças ao estímulo de Marx e seus seguidores a luta pela organização operária contra a burguesia, trouxe muita lucidez permitindo parcialmente um sentido emancipador, mencionando algumas conquistas: a luta pelo limite do dia e horas de trabalho; suprimir, pela atividade revolucionária, todas as condições sociais que fazem o ser humano um ser escravo, miserável, oprimido, explorado, criando uma sociedade na qual o livre desenvolvimento de cada indivíduo se torna a condição do desenvolvimento de todos. Embora esse projeto no seu conjunto ainda não se realizou em parte alguma, pode-se afirmar que sem Marx e Engels, o mundo teria sido bem diferente e muito mais desumano do que ele é.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

MEU AMIGO (A)! SABIA QUE VOCE PODE SER MAIS?


(BASTA TER CONSCIÊNCIA DISSO)


O ser humano não se encontra, ao nascer, plenamente constituído em seu ser. Ele é ainda um ser “por fazer-se”, e tem um longo caminho a percorrer, enfatiza o Professor de Filosofia PEDRO GAMBIM, na sua obra “A vida Humana, 1987”. Ele pode ser mais, muito mais do que sua aparente fragilidade inicial. Porém, precisa assumir o compromisso de realizar sua vida como um projeto seu. Nós (todos) somos fruto de nossas escolhas. Escolher, eis o grande desafio! Escolher o bem, o que é melhor, para si mesmo, para os outros e para o mundo. Dentre as necessidades do ser humano para realizar sua vida, uma se impõe sobre as demais: compreender a vida e dar sentido a ela. A frase do filósofo latino Sêneca (4 a.C - 65 d.C) explica que: “Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai”, mostrando com muita clareza, a necessidade de termos objetivos na vida. A vida humana é feita de luta, esforço e dedicação, o que nos permite preparar e construir um futuro. Não importa o que temos que esperar pela vida, mas o que a vida espera de nós. Para tanto, precisamos ter objetivos, metas e ideais, sobretudo ética, para discernir o que é bom para o indivíduo e para a sociedade como um todo. O poeta brasileiro LINDOLF BELL (1938-1998), num de seus belos poemas, disse: “somos do tamanho de nossa esperança, que menor do que o meu sonho... não posso ser”. Quer dizer, sem sonhos, sem esperanças, sem objetivos na vida, não somos capazes de interpretar o mundo, tudo que nos rodeia e nem a nós mesmos. Os objetivos atualizam a esperança e nos tornam mais fortes. Fazem-nos acreditar que é possível alcançar uma vida melhor e mais humana. Dão-nos a certeza de que somos seres inacabados, de que ainda não estamos prontos. Acerca disso, o médico psiquiatra e escritor austríaco VIKTOR FRANKL (1905-1997), vítima do holocausto nazista, no seu livro “Em busca de sentido”, relata-nos como foi possível transformar numa vitória interior, toda aquele martírio profundo, para o seu crescimento pessoal e humano. Como encontrou força (razões) para continuar vivendo? Disse ter sido no próprio sofrimento. Viver significa sofrer também. Alegou que esse motivo poderia ser ainda o amor, uma obra ou uma meta qualquer, que faça o homem desejar continuar vivo, assumindo a responsabilidade de sua existência. O homem tem que ter consciência de que não existe simplesmente, que ele pode decidir sua vida, pois tem plena liberdade para isso. Por exemplo, uma doença terminal pode não ser mudada, mas que podemos mudar a maneira de como vamos enfrentá-la. Acredito que encontrar (mais do que dar) um sentido para sua vida, através de sua consciência, torna-se a maior tarefa do ser humano na terra. Para aquele que pensa em jogar a toalha, deixar de lutar pela própria vida na busca de contentamento e felicidade, deixo para um aforismo do filósofo alemão FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900), para refletir, que diz: “Quem tem um porquê para viver, suporta qualquer como viver!”. A falta disso estabelece um vazio existencial que se configura em tédio e angústia. Obrigado por ser meu amigo. Um abraço do BORTOLI, Tenente Coronel da reserva e Acadêmico em Filosofia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CONCEITOS SOBRE FILOSOFIA - LEIA COM ATENÇAO E REFLITA SOBRE SEU PAPEL NO MUNDO

No início de todo o estudo sobre o conceito de Filosofia surgem inevitavelmente indagações sobre o que ela é. Ao buscar os conceitos percebi a existência de vários significados atribuídos à Filosofia, inclusive respostas que parecem contradizerem-se. Na concepção clássica, a Filosofia era considerada a crença das coisas por suas causas supremas. Modernamente, ela prefere falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um questionar a si e a realidade. Portanto, a Filosofia não é algo feito, acabado. A Filosofia é uma busca constante de sentido, de justificação e possibilidades de tudo que envolve o homem em sua existência.
1. Resposta: A noção de Filosofia, para ARANHA (1993, pp 71-76), começa pela passagem do mítico para o racional, com a palavra grega Philoshopia, que significava, “amar a sabedoria”. Observe-se que esta etimologia não é um puro logos (pura razão): Ela denota por si mesma, uma procura amorosa da verdade. PITÁGORAS (582-507 a.C), não gostava de ser chamado de “sábio”, e retrucava, dizendo ser apenas um amante da sabedoria, ou seja, um filósofo. Já SÓCRATES (470-399 a.C), reconhecendo que sua sabedoria não tinha nenhum valor, guiava-se pelo princípio de que nada sabia, e desta perplexidade primeira, iniciava-se a interrogação e o questionamento do que lhe é familiar. E, para PLATÃO (427-347 a.C), a primeira virtude era admirar-se, condição de onde deriva a capacidade de problematizar, o que marca a filosofia não como posse da verdade, mas como sua busca. Podemos então, entender a filosofia como uma atitude. Ela não implica em um corpo de conhecimentos. Ao contrário, ela é uma prática, um exercício do pensar. KANT (1724-1804) costumava dizer os seus alunos: “Não há filosofia que se possa aprender, só se aprende a filosofar”. Dessa forma, “a atitude do filósofo é caracterizada pela humildade intelectual de quem convive com a dúvida ”(CATANEO, 2008), já que ele não é alguém que detém o saber, mas alguém que está sempre a sua procura. O filósofo é aquele para qual a realidade é sempre objeto de admiração crítica, espanto e encantamento. A filosofia, portanto, é o conhecimento do homem sobre si mesmo e o mundo, e que diante desta afirmação, um universo de saberes e mistérios podem ser vislumbrados.

2. Resposta: Foi Pitágoras (570-490 a.C) quem utilizou a primeira vez a palavra filosofia, do grego filoj + sofia: em vez de chamar-se sábio, dizia-se apenas um amante, amigo da sabedoria. Por isso, os sábios gregos passam a serem chamados de filósofos. A filosofia começa pela admiração que se sente diante do fato, de que as coisas existirem e serem tais como são. Daí surge a curiosidade de saber as causas da existência da realidade. Alguns alegam que a filosofia nasce da dúvida que o mundo nos causa ou da vocação natural do homem em procurar entender tudo o que lhe rodeia. Foram os pensadores gregos Platão (427-347 a.C) e Aristóteles (384-322 a.C) que definiram a filosofia como sendo: a busca do conhecimento das causas mais profundas de toda a realidade, incluindo à do próprio homem. Assim, o homem passa a buscar uma explicação racional para o mundo, não se contentando mais com as míticas e lendárias, em que os fenômenos eram todos atribuídos aos deuses. Este amor ao conhecimento faz o homem aprofundar as questões, cada vez mais transcendendo o sensível e empírico e apresentando cada vez mais as fórmulas de explicações mais abstratas e universais. A partir de então, a filosofia é o desejo que nasce da vontade da alma de possuir pela razão, o conhecimento certo de toda a realidade que sentimos, vemos e não vemos. A filosofia não aniquila ou reprova o conhecimento sensível do mundo, apenas o ordena para uma forma inteligível, tornando-o abstrato e compreensível de um modo intelectual. O filósofo, pois, é aquele que ama o saber e o busca sem querer nada em troca, porque busca o saber pelo saber.

3. Resposta: A história à Pitágoras a utilização pela primeira vez da palavra grega Filosofia, união dos termos (philos) e (Sophia), significando amor pelo saber, amizade à sabedoria, busca do saber. A Filosofia, mais do que um determinado conjunto de idéias, é uma atitude. O filósofo não pretende ser o mais sábio, nem ser o dono da verdade, todavia está sempre em busca do saber mesmo tendo consciência que nunca chegará a um termo final. Karl Jaspers afirma que a essência da Filosofia é a procura do saber e não a sua posse. Fazer filosofia é estar a caminho. As perguntas são mais importantes que as respostas. Cada resposta transforma-se em uma nova pergunta. Na atitude filosófica há uma grande humildade que se opõe ao orgulhoso dogmatismo do fanático, que se julga o proprietário da verdade, ao passo que o verdadeiro filósofo faz todos os esforços para ser o peregrino dessa verdade, reconhecendo que ela não pertence nem a mim nem a ti, simplesmente está diante de nós. Eis aí, a máxima socrática: “O que eu sei, é que nada sei”. A filosofia ainda se manifesta pelo espanto e pela admiração, quando tomamos distancia do nosso mundo, através do pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se tivéssemos família, amigos, livros ou outros meios de comunicação, como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos. Então, Filosofia é ter atitude de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos do nosso cotidiano.

4. Resposta: Saiba que Filosofia é antes uma prática, um exercício do pensar. Implica colocar a racionalidade a serviço da curiosidade, do prazer de conhecer. Não basta apenas uma série de definições e teorias. É necessário aprender a filosofar. O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) costumava dizer a seus alunos: “Não há filosofia que se possa aprender, só se aprende a filosofar” (KANT apud ARANHA e MARTINS, 1996, p. 72). O trabalho filosófico é um trabalho de reflexão. Esta palavra define bem a atitude do filósofo: reflexão vem do verbo latino reflectere, que significa voltas atrás. Filosofar significa, portanto, retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, analisar, examinar com cuidado, prestar atenção. É este o sentido da expressão ”acercar-se amorosamente do saber”. A palavra Filosofia origina-se do vocábulo grego philosophein, que significa amar (philia) a sabedoria (sophia) ou procura amorosa da verdade, entendida como reflexão da pessoa acerca da vida e do mundo. A Filosofia, além de sofia (saber, ciência), é a procura dessa Sofia. (CATANEO, 2008).


5. Resposta: A palavra Filosofia provém de dois termos gregos: philos (amar, gostar de) e Sophia (saber, sabedoria). Esta definição revela-nos que Filosofia não é tanto um saber constituído, uma Sofia estabelecida, mas antes um amor, uma procura, um interesse pelo saber. Narra-se que termo foi inventado por Pitágoras, filósofo grego do século VI a.C, que certa vez, ouvindo alguém chamá-lo de sábio e considerando este nome elevado para si mesmo, pediu que o chamassem simplesmente filósofo, isto é, amante da sabedoria, aquele que procura a sabedoria, que ama o saber, que indaga a verdade das coisas: o filósofo é um peregrino em demanda da verdade e não o possuidor dela, é homem cuja consciência se apresenta inquieta e insatisfeita. Embora a definição etimológica pouco nos diz acerca do que ela é, convém reter que está patente a convicção, bem vincada por Karl Jaspers, de que não é tanto a posse, mas a procura da verdade ou do saber que caracteriza a Filosofia. Podemos concluir que o homem, por mais que saiba, ainda deseja saber mais e nunca chega a saber tudo. Por isso, será sempre um amigo do saber e não um sábio propriamente dito. Aliás, a palavra Filosofia., isto é, amor a sabedoria, encerra bem dentro de si o caráter de incessante procura, indagação e investigação da verdade. Filosofar é estar a caminho.


6. Resposta: A palavra “Filosofia”, em sua etimologia, significa “amar (philia) a sabedoria (Sophia)”, e denota uma procura amorosa da verdade. Foi utilizada pela primeira vez por Pitágoras, em resposta àqueles que o chamavam de sábio. Ele respondia exigindo não ser chamado assim, mas “apenas amante da sabedoria”, isto é, alguém que procura o saber, ou seja, um filósofo. Podemos entender a Filosofia, então, como uma atitude. A Filosofia não implica a posse de um corpo de conhecimentos. Ao contrário, ela é uma prática, um exercício do pensar. Immanuel Kant costumava dizer a seus alunos: “Não Filosofia que se possa aprender, só se aprende a filosofar”. Dessa forma, “a atitude do filósofo é caracterizada pela humildade intelectual de quem convive com a dúvida” (CATANEO-2008), já que ele não é alguém que detém o saber, mas alguém que está a sua procura. O filósofo é aquele para o qual a realidade é sempre objeto de admiração crítica, de espanto e encantamento. Filosofia é reflexão. Esta palavra vem do verbo latino “reflectere”, que significa “voltar atrás”. Filosofar significa, portanto, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, analisar, examinar com cuidado, prestar muita atenção, no sentido de “acercar-se amorosamente do saber”. A Filosofia é um exercício de raciocínio, é uma maneira de posicionar diante das coisas e dos fatos do mundo. (CATANEO-2008).

7. Resposta: Para CANDIDO, o filósofo é aquele em que a humildade fica por conta daquela dimensão de ignorância e admiração radical: tomar as coisas como desconhecidas, o mundo como enigma a decifrar, as verdades por desvelar e ser capaz de reconhecer a finitude humana do ato de conhecer. Segundo KANT, a Filosofia não é algo que possa ser aprendido, pelo simples fato que ela ainda não possui um corpo de conhecimento já constituído e acabado, ou seja, só se pode saber o que é Filosofia, no exercício da própria Filosofia. Para CHAUÍ (2000, pp 9-10), a Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber. Platão começa com a admiração. Aristóteles começa pelo espanto. Admiração e espanto significam: tomar distância do nosso mundo costumeiro, através do pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos família, amigos e comunicação, é como se tivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.

8. Resposta: Ao meu ver, as duas citações (objeto da questão), dizem respeito à atitude filosófica e a procura da verdade como essência da Filosofia, elementos fundamentais para a compreensão da filosofia. Pela definição nominal, a palavra grega (philosophos) formou-se por oposição a sophos. Ela designa aquele que ama o saber, em contraposição àquele que, possuindo saber, se chama sábio. Esta distinção inicial foi proposta por Pitágoras, persistindo este sentido até hoje, como assegura Karl Jaspers: “a essência da filosofia é a busca da verdade, não a sua posse (...) é estar a caminho”. Podemos entender a Filosofia, mais do que um determinado conjunto de idéias, como uma atitude, como diz Wittgenstein. Ela é uma prática, um exercício de pensar. Kant dizia a seus alunos: “não há filosofia que se pode aprender, só se aprende a filosofar”. Dessa forma, a atitude do filósofo é caracterizada pela humildade de quem convive com a dúvida. O filósofo é aquele que fica por conta daquela dimensão de ignorância e admiração radical: ao tomar as coisas como desconhecidas, o mundo como enigma a decifrar, as verdades por desvelar. Todo trabalho filosófico exige reflexão indagativa, coerente e crítica. E refletir significa “voltar atrás”. Dessa maneira, a filosofia está ligada ao retornar, ao revisar, ao examinar tudo com muito cuidado e atenção, no sentido de “acercar-se amorosamente do saber”.

9. Resposta: No meu entender, as citações acima dizem respeito à atitude filosófica e a procura da verdade como essência da Filosofia, que são os elementos fundamentais para melhor compreender o verdadeiro filosofar. Escolhi iniciar pela ordem histórica (apogeu grego). Filosofia não é Sophia (sabedoria), é somente o desejo, o amor (philo) dessa sabedoria. Tal distinção foi proposta por Pitágoras, e é atualmente ressaltada por Jaspers, que acentua: “a essência da Filosofia não é a posse do saber e, sim exatamente a procura do saber”. Fazer Filosofia é estar a caminho, e as perguntas são mais cruciais do que as respostas e, cada resposta surge sempre uma nova pergunta. Na pesquisa filosófica há uma verdadeira humildade que se opõe furiosamente ao dogmatismo do fanático, do convicto. Eis a máxima socrática: “Só sei que nada sei”. Já Platão e Aristóteles, viam na admiração e no espanto, os impulsos iniciais de todo o filosofar. E para Kant: “Não há filosofia que se possa aprender, só se aprende a filosofar”. Tudo isto significa que Filosofia não é uma doutrina acabada, é antes de tudo uma Atitude, uma prática de pensar permanente. O trabalho filosófico é Reflexão. E refletir é “voltar atrás”, isto é, retomar, revisar, analisar, examinar, prestar atenção (no sentido de acercar-se amorosamente do saber). Portanto, defino Filosofia, como: reflexão crítica em busca do saber, sobre a concepção geral do mundo e da vida, a totalidade das coisas e o ser enquanto ser.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

COMENTÁRIOS QUE FIZ EM APOIO A CHAPA DO CEL RICCARDI NA ELEIÇÃO ASOF/2010

Meus caros amigos!
Neste cenário de crise recente, vimos emergir e cristalizar-se duas principais candidaturas legítimadas, com dois nomes respeitáveis na cabeça das chapas. A princípio, eu tinha dito ao meu amigo Cel Riccardi, que não era idéia minha "endossá-lo publicamente", e que meu voto, lhe seria ofertado de maneira "in pectore", no dia da eleição. Não queria engajar-me diretamente na eleição por razões particulares. Acontece, que não posso ficar mudo, diante de algumas bobagens "eleitorais", que estão espalhando por aí, do tipo assim: "que candidato A ou B, estudou mais ou menos que o outro, se de dia ou de noite, ainda se quiser, de madrugada". Ora, isso não passa de uma tentativa infantil, para descontruir uma das candidaturas. Enquanto na ativa da Brigada, tive o privilégio de servir e conviver no policiamento ostensivo e nos bombeiros, com brilhantes Oficiais com formação em diversas áreas do conhecimento e do esporte inclusive; desde o simples futebol, na educação física, na arquitetura e ainda outras, sem que prejudicasse em nada, a nossa atividade-fim. Fiquei meio desapontado e triste, com este tipo de comentário na campanha, pois parece confirmar-se aquela velha e surrada retórica preconceituosa, contra aqueles que buscam aprender algo mais, fora da Instituição. Isso em nada dignifica e qualifica o nosso pleito, ao contrário. A idéia geral que se tem do pleito (acho que unânime), é começar-se do zero, ou recomeçar uma nova era na associação; ninguém é oposição de ninguém, as agendas (objetivos) são semelhantes, para aguçar um antagonismo mais agressivo entre as partes. Depois de todo o exposto, faço público agora sim, o meu apoio irrestrito à chapa Riccardi-Simoes, olvidando todo o esforço necessário para que vença a eleição ASOF/2010.

COMENTÁRIOS QUE FIZ SOBRE A ELEIÇÃO ASOF/2010 EM APOIO AO CEL RICCARDI 1

Meus caros amigos!
Sirvo-me do humor frasístico do nosso glorioso Barão de Itararé, em "Diga-me com quem andas e direi, se vou contigo", para justificar a minha grande esperança e otimismo, em relação da possibilidade de vitória do meu amigo e colega Cel Riccardi nesta eleição. Primeiro, que ao analisar atentamente a nominata de sua chapa, a começar pela feliz escolha do seu vice-presidente, o nosso colega Cel Simoes, homem de trato fino e simples, respeitado e respeitador, de inquebrantável retidão ética e moral, professor em direito e ainda com uma sólida formação técnica-profissional adquirida na carreira, o nosso candidato dá-nos mostras claras e inequívocas, de sua boa intenção, de montar uma equipe altamente qualificada e capacitada, para enfrentar os difíceis e complexos desafios para o futuro que desejamos da ASOF. Para os demais cargos da chapa, vejo com enorme prazer e alegria, figurarem nomes de Oficiais queridos e consagrados pelo trabalho competente realizado na Brigada, principalmente de Coronéis até os majores, os quais conheço muito bem, cada um deles. Quanto aos Capitães, embora não conhecendo os mais jovens,pela minha passagem à reserva, a escolha, julgo ter sido pelos mesmos critérios. Importante ressaltar ainda, também o equilíbrio e coerência dada à chapa pelo candidato, privilegiando homens e mulheres, e abrangendo todos os postos da carreira de nível superior de BM, incluindo até as áreas especialistas. Enfim, que me perdoe no seu descanso eterno, o famoso Barão de Itararé, mas acredito que ele jamais iria, se vivo fosse hoje, usar a sua outra frase, ainda mais famosa e mordaz, que diz: "De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo", para desmerecer em algum quesito, a bela e qualificada nominata formulada pelo Cel Riccardi. Boa sorte na eleição a todos.

SOBRE A ELEIÇÃO NA ASOF E A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL.

Meus caros amigos!
A eleição da ASOF/2010, ao que tudo indica, vai terminar num ambiente desmobilizado, graças ao “buraco negro” injustificável, para a abertura das urnas e a contagem dos votos. Triste retrato que encerra um ciclo permeado de inúmeras contradições e trapalhadas. Enfim, o que passou, passou, torcemos por melhores dias.
Para “relaxarmos” - saindo da arena de luta da ASOF, indo para o campo futebolístico, por que é tempo de Copa do Mundo na África do Sul. Certa vez ouvi o global Galvão Bueno afirmar em seu programa de TV Bem Amigos, que para falar sobre futebol, tem que colocar a alma junto, senão fica sem sentido. Concordo em gênero e grau. Sem falsa modéstia, penso que futebol corre no meu sangue desde pequeno. Comecei a jogar futebol muito cedo, como infanto-juvenil (lembram do Gaúcho de P. Fundo) e não parei até hoje, apesar da idade.
Hoje, se alguém perguntasse aos cânones de minha geração, os mestres: Jauri, Fraga, Bonete e Guacir e ainda “in memoriam” os saudosos Esaú , Seggiaro , Queirós e o Wagner , se eu realmente jogava bem. Tenho certeza que esse ”timaço”, diria que eu era um virtuoso, que marcava muitos gols, etc. Sobre isso, Platão dizia que a pessoa tinha esta “inclinação” (boa virtude), a partir do seu nascimento.
Antigamente havia um certo preconceito com quem jogava futebol. Fui vítima dessa incompreensão. Na família e até na Academia. Alegavam que era coisa de gente “inferior” (de poucas letras), ou de vagabundo, que não queria trabalhar. Graças a Deus, esta bobagem foi desmistificada. Para exemplificar, citaria alguns “ilustrados” amantes do futebol: O grande filósofo francês Albert Camus foi um goleiro. Dizem que “exigiu” assistir a um jogo de futebol no Brasil antes de dar uma palestra. Já Chico Buarque, gênio cultural, construiu um campo de futebol na sua casa para prática desse esporte. Também um amigo meu, ex-secretario de Estado do RS, altamente erudito, contou-me um dia, com ufanismo juvenil , ter jogado como centro-médio, quando era mais moço.
Como assinante do site Fifa.com (assuntos sobre as Copas), soube de uma matéria genial do escritor e dramaturgo, Nelson Rodrigues, publicada antes da Copa de 58 (na Suécia), que conceituou como “síndrome do vira-lata”, o complexo de inferioridade que a seleção brasileira, pudesse vir a repetir as derrotas de 50 e 54, principalmente a perda do título em casa. Uma espécie de falta de fé no próprio “taco”, que felizmente, acabou não se confirmando. O Brasil conseguiu vencer a sua primeira Copa mundial, iniciando a sua fase de ouro (cinco copas) no cenário internacional, afastando os temores de 50.
Agora, pensando no futuro da nossa ASOF, eu perguntaria! Não seria o momento oportuno, este da Copa da África, para exorcizarmos também os nossos traumas? Estaríamos acometidos de tal “síndrome” e ainda não nos apercebemos? Pensem a respeito. Por fim, antes que eu me esqueça. O futebol é patrimônio da humanidade e a ASOF é uma entidade representativa dos interesses dos Oficiais da Carreira de Nível Superior da Brigada Militar. A magia do futebol permite que todos pratiquem como se verdadeiros “craques”fossem e o papel da ASOF é garantir salários, direitos e prerrogativas dos associados. VIVA O FUTEBOL-“Fonte inesgotável de congraçamento da vida”. E também viva a nossa ASOF! - “Boa sorte à nova gestão que assume”.

CUI PRODEST? I - A QUEM INTERESSA COLOCAR O TENENTE NA DISPUTA?

Meus caros amigos!
Como apoiador da Chapa A , do Cel Riccardi-Simoes, busco luz neste antigo adágio latino, muito utilizado na política tradicional, uma explicação lógica, e não encontro nada factual e convicente, para justificar a inserção de Tenentes nas nominatas das Chapas B (Péricles-Monteiro) e na D (Rocha/Ronaldo), para o pleito ASOF/2010. Depois de todo o desgaste que sofremos, por ocasião da crise vivida, quase um ano de luta, para o pleno reconhecimento do nosso reajuste dos 19,9%, eu me permito em perguntar aos amigos e colegas sócios? Cadê a racionalidade que se presta a tudo isso? É crível? Ou não. Honestamente, pensei que estivéssemos (todos) mudando de mentalidade.
Que esta refrega levada no lombo, seria o ponto de partida, para a nossa renovação e modernização tão sonhada. Otimista, eu vislumbrava uma nova era para a ASOF, sem aqueles "cravos na garganta" que sempre nos emudeceram, não permitindo a evolução natural das coisas. Espero ainda não estar enganado, apesar de alguns colegas, denotarem "querer deixar tudo como está", utilizando os Tenentes como mera correia de transmissão, por motivo eleitoral. Acredito que seria um atraso preocupante e injustificável, onde que, a maioria maciça dos associados, não dará guarida para com este tipo de postura.
Subliminarmente, dominando bem as regras do jogo, amparada pelo estatuto vigente, as Chapas B e D (esta última da situação), respectivamente, colocaram um ou dois Tenentes no máximo, nas suas extensas listas oficiais, fazendo um agrado explícito, visando obter a maior capilaridade de votos. Esta manobra embora legal, deixa transparecer claramente, que uma Chapa tem interesse apenas eleitoral e outra dá indicativos, que quer permanecer no poder "ad eterno". Agiram assim , devido ao fato, de que as Chapas A e C, já estarem a muito em campanha na rua, sem Tenente nas nominatas. Aliás, sobre a ASOF especificamente, penso que hoje não passaria a um julgamento favorável, pois teriam sido muito poucas as iniciativas positivas de interesse dos associados, levadas a efeito pela atual gestão e outra passadas.
Esta análise é conjuntural e impessoal. Não tenho nada contra ninguém, tampouco contra nossos valorosos Tenentes, que nos honram no dia-a-dia, na coordenação da linha de frente operacional. Apenas, pelo direito que me assiste, expresso minha opinião pessoal de que a história reservou destacadamente para o Tenente Brigadiano, como merecido prêmio, o último degrau na carreira de Nível Médio da Corporação. Sejamos francos e realistas, meus amigos - Os Tenentes sócios da ASOF, e falo isso sem nenhum preconceito ou demérito, pelo contrário, já trocaram de lugar a muito tempo, apenas "existem" no nosso quadro social, sem nenhum brilho ou atuação mais relevante, e esses próprios Oficiais, têm plena consciência disso.
Para conhecimento geral, o registro comum que se tem, no somatório de todas as percepções colhidas nas postagens dos Oficiais, desde o início da crise até agora, registradas no blog oportuno da Frente dos Oficiais de carreira de nível superior, sob a tutela do colega Cel Bengochea, indicam majoritariamente, a vontade dos associados, de formar-se uma nova ASOF, a partir desta eleição, composta somente pelos Oficiais de Carreira de Nível Superior da BM, da ativa e de reserva. Observou -se também, que a idéia básica ( fundante) é a valorização da classe, como um todo, condizente com a nossa posição na hierarquia do tabuleiro estatal. Esta proposta busca ainda, além de tudo, oferecer um enfrentamento tenaz e permanente na consecução dos objetivos e na definitiva superação das irracionalidades e contradições ainda existentes no nosso meio, a começar pelo assunto ( incômodo) dos Tenentes, a resolver. Chegou a hora da mudança de verdade, e com ela, a tomada de decisões difíceis, algumas impostergáveis, como os subsídios, por exemplo.
Aliás, sobre mudança, já dizia o filósofo HERÁCLITO (Ano 540 a.c,) nos seus Fragmentos: "Nada é permanente, tudo muda" ou ainda "A cada dia nasce um nove sol", esta já ocorre a bastante tempo. Alguns colegas teimam em não querer enxergar o óbvio, estampado bem na frente de seus olhos. Ela começou, quando foi flexibilizado o Regulamento Disciplinar da Brigada; ela começou, quando diminuiu-se os postos e graduações; e ainda, quando uma nova legislação criada, definiu a existência somente de duas categorias de profissionais na Corporação: uma carreira de Nível Superior, do Capitão ao Coronel, e outra de Nível Médio, do Soldado ao Tenente, portanto, trata-se de categorias bem distinta e separadas, não ensejando dúvida ou especulação de qualquer ordem. Tudo isso corroborra e abaliza a força do nosso pensamento, a respeito do futuro que queremos para a nossa Associação.
V- CUI PRODEST? - Afinal, a quem interessaria nossa fragilização, enquanto entidade de classe? É difícil captar, mas acredito que dentre os associados, ninguém. Todavia, devemos ficar vigilantes com entidades análogas e outras, devido à competição permanente por espaço e maior influência política. De volta a eleição, para encerrar o presente exame, creio que há duas teses antagônicas entre si, em disputa eleitoral, sendo que uma delas, restará vencedora, tendo o tema do Tenente sócio, como elemento principal no debate. Ocorre que o caldo pode entornar com este impasse, podendo gerar ressentimentos e incertezas futuras e até uma possível ruptura, o que seria nefasto para o conjunto todo. Por isso, me socorro da dialética heraclitiana novamente, para que o seu lógos divino chamado Razão, nos alcançe o seu bom sendo, o equilibrio e a inteligência, tão indispensáveis neste momento crucial do confronto eleitoral, para que depois de terminada a eleição e formulados os primeiros encaminhamentos possíveis, possamos então, retornar ao reino da harmonia e tranquilidade.
Os assuntos polêmicos, sejam divergentes ou convergentes, seguiram na pauta no pós-eleição, não se esgota aqui. Pela coerência e pela naturalidade demonstrada, em prol da mudança de rumo da ASOF, peço o voto do amigo associado para a Chapa A, tendo a certeza absoluta, de que é a única capaz no momento, de nos conduzir para um caminho mais virtuoso e feliz.

PÓS-ELEIÇÃO NA ASOF. DE ROUPA E ALMA NOVA

Meus caros amigos!
Coincidência ou não, este ano estamos vendo passar juntas, a Copa do Mundo e a eleição da ASOF. A primeira faz renascer toda a carga patriótica que guardamos no peito. Quanto a segunda, movida pelo ensejo de mudança, parece que balançou nossos “alicerces”, com o surto classista que tivemos. Que foi surpreendente para mim, foi. Então, seria bom registrar, que já há “um motivo” para regozijo. No debate que se fez, poderíamos ter cobrado mais clareza sobre os temas relevantes dos candidatos. Só não o fizemos por pura falta de parâmetros e de um “exercício” político-associativo mais militante. Como um “tranta”, pelo menos, esta eleição se prestou, para descortinarmos todo o passado da ASOF, analisando os erros, para orientarmos a história em outro sentido, e ainda, como um divisor de águas, estabelecendo a descontinuidade definitiva, com o tipo de gestão anterior, marcadas todas, pelo marasmo e pela desesperança.
Neste (relax ) de pós-eleição, é possível “decantarmos” algumas verdades: 1) ficou patente, de que precisamos radicalizar alguns métodos de atuação, a começar pela política inadiável de “valorização”, tanto social como profissional; 2) de uma enorme demanda de atitudes e ações afirmativas , que nos devolva a dignidade e o “empoderamento perdido;3) poderíamos encontrar uma “penca” de razões que nos enfraqueceram, desimportante isso agora, uma vez que as gestões anteriores, nunca foram cobradas devidamente pelos seus atos; 4) e que ainda, temos todos “dívidas”, para que redundasse no estado de fragilidade que se encontra. Nesta simples didática, vimos que nosso desinteresse em relação à ASOF foi tanto, que acabou insuperável no tempo. É de esperar, agora, “de roupa e alma nova”, que este compromisso assumido na eleição, venha a nos redimir um pouco.
Para encerrar, a pergunta ”da hora”: O que falta para a ASOF crescer? Decerto subiremos de degrau. Paulatinamente. Pior do que está é impossível. Acho que dependerá muito da capacidade estratégica e de ousadia da nova gestão. Ela precisa acenar com “mexidas” concretas na sua estruturação, livrando-se dos entraves que impediram o seu desenvolvimento. Em princípio, essas reformas necessárias, em sua grande parte, devem ser “lideradas” pelo novo presidente da ASOF. Entretanto, sabemos que toda a ação política (de gestão), para ter sucesso, deve ser “coletiva”, atrelada, fundamentalmente, no maciço engajamento de todos os seus integrantes. Esta relação simbiótica, se não funcionar com entropia, continuaremos a não ver muita luz no fundo do túnel. Baseado na filosofia universalista do alemão do século XVII, GOTTFRIED VON LEIBNITZ, este artigo pode ser resumido assim: “de que podemos, sim, todos juntos e unidos, fazer da ASOF, um mundo melhor para vivermos”. Então, Vamos à luta já!

NOVOS VENTOS SOPRAM NA ASOF - SERÁ MESMO?

Meus Caros Associados!
Certamente que a ASOF não será mais a mesma, passada esta eleição. Parece que a grave crise vivida pelo reajuste salarial acendeu-nos a luz ”vermelha”. Aliás, já vinha piscando no amarelo a muito. Para o bem ou para o mal, foi a partir dela, que criaram-se as condições favoráveis (ambiente) às mudanças tão almejadas.
Apoiando online uma das candidaturas, pude acompanhar, pari passu, a grande impetuosidade e veemência nas promessas (seriedade) dos candidatos, e ainda perceber o olhar interessado dos associados, atrevendo-me a dizer, que esta eleição tem tudo, para deixar de ser apenas mais uma “cosmética”, a exemplo de todas as outras. Parece que o debate teve a pertinência devida, e já está “rendendo”, levando-me a crer, otimista, que as mazelas “encruadas” (estagnadas), por inapetência anterior, finalmente começaram a ser combatidas de verdade.
Por outro lado, mutatis mutanti, reconheço que uma reforma ampla e geral (imediata) é difícil, e, por isso, devemos fazer mudanças pontuais, como a questão ainda “sangrando” dos Capitães e Tenentes, por exemplo. No meu (limitado) ponto de vista, esta eleição não é, de forma alguma, a parte final do processo. Pelo contrário, é o início de uma caminhada longa e árdua, que temos pela frente, para “afirmarmos” realmente a nossa ASOF, como uma entidade confiável e respeitada.
O tipo de Associação que vai surgir, consensus omniun , dependerá muito da luta social e política (associativa), que travarmos, unidos, em prol dos objetivos comuns, levando em conta (sempre), a nossa capacidade de “compreensão”, do que realmente aconteceu nos últimos tempos. Principalmente as coisas “ruins”. Este artigo é uma percepção momentânea, podendo ser mudado, contraditado, e até superado por outras contribuições, se quiserem. (”As vezes temos que passar por uma experiência negativa, para depois vencer “), de Javier Frana.

UMA ESCOLHA À NOVA ASOF: VIVER DE ILUSÃO OU TER MAIOR PROTAGONISMO.

Meus caros amigos!
Numa democracia (de massas) igual a nossa e eleições a cada instante, veremos sempre serem privilegiados os aspectos políticos e não os técnicos. É só prestar atenção nas pressões pré-eleitorais em curso, sinalizando que: “que nós estamos cansados de vivermos somente de ilusões”. Não precisamos ser PhD em política, porém há necessidade de nos educarmos melhor, para podermos debater de igual para igual. O pragmatismo da vida moderna está estabelecendo novos métodos para obtenção de ganhos. Nesse sentido, a nova gestão da ASOF, se bem orientada e treinada, pode cumprir importante papel.
Para entender o processo, como ele se dá realmente, basta constatarmos que nunca tivemos uma política salarial digna, satisfatória (e definitiva), pois nunca soubemos influenciar os poderes públicos e a sociedade da importância da atividade policial. Por isto, não me espanta uma notícia do Congresso Nacional, da possível aprovação de um reajuste aos seus servidores, onde um telefonista daquele poder (nada contra ele) passará a ganhar mais de 16 000,00 mil reais ao mês. Por purismo, acabamos nos distanciando demais da política, dando carta branca para que outros intercedessem por nós, sem nenhum conhecimento de causa.
Como profissionais de segurança pública, portanto técnicos, nunca tivemos muita paciência, e nem nos acostumamos a discutirmos as políticas de segurança, com a devida responsabilidade política. Ouso em dizer, que nem sabemos identificar ainda um “problema político de nosso real interesse” (grifo nosso). E porque digo isso? Seria burrice? Óbvio que não. Acontece que a linguagem política ainda soa um tanto estranha para nós, pois foi nos vedada lá na origem, pelo rigorismo castrense. Não tivemos a oportunidade de criarmos um pensamento político (com DNA próprio). Aliás, está passando da hora, para nos tornarmos donos e sujeitos da nossa própria história.
Entendo que a nova ASOF, não deva (obrigatoriamente), se ocupar das questões políticas, pelos menos nas questões partidárias, eleições ou ter preferências ideológicas. Basta que sejamos apartidários na ação política, ao defendermos os nossos pontos de vista. Portanto, não vejo nenhum impeditivo, para que não passemos logo, a produzirmos idéias políticas (mais relevantes), sobretudo aquelas que farão valer os princípios e valores já consagrados, visando preservar a dignidade e a valorização da carreira dos Oficiais de nível superior.
Acho finalmente, que temos grandes temas para discussão na ASOF, inclusive podemos tratar sobre outras políticas públicas (correlatas), que ajudem a aperfeiçoar a nossa “práxis política,” a partir desta nova visão. Penso que pra termos uma maior expressão política ainda é um anátema a ser exorcizado entre nós. Levará algum tempo para o aprendizado. Mas, graças a Deus, a democracia brasileira se alarga mais a cada dia, principalmente no que tange às liberdades individuais e coletivas. Aproveitemos para sairmos do casulo e mostrarmos a nova cara da ASOF ao mundo. Como dizia Max Webber: “Há duas maneiras de fazer política: ou se vive para a política ou se vive da política”.