quarta-feira, 21 de julho de 2010

CUI PRODEST? I - A QUEM INTERESSA COLOCAR O TENENTE NA DISPUTA?

Meus caros amigos!
Como apoiador da Chapa A , do Cel Riccardi-Simoes, busco luz neste antigo adágio latino, muito utilizado na política tradicional, uma explicação lógica, e não encontro nada factual e convicente, para justificar a inserção de Tenentes nas nominatas das Chapas B (Péricles-Monteiro) e na D (Rocha/Ronaldo), para o pleito ASOF/2010. Depois de todo o desgaste que sofremos, por ocasião da crise vivida, quase um ano de luta, para o pleno reconhecimento do nosso reajuste dos 19,9%, eu me permito em perguntar aos amigos e colegas sócios? Cadê a racionalidade que se presta a tudo isso? É crível? Ou não. Honestamente, pensei que estivéssemos (todos) mudando de mentalidade.
Que esta refrega levada no lombo, seria o ponto de partida, para a nossa renovação e modernização tão sonhada. Otimista, eu vislumbrava uma nova era para a ASOF, sem aqueles "cravos na garganta" que sempre nos emudeceram, não permitindo a evolução natural das coisas. Espero ainda não estar enganado, apesar de alguns colegas, denotarem "querer deixar tudo como está", utilizando os Tenentes como mera correia de transmissão, por motivo eleitoral. Acredito que seria um atraso preocupante e injustificável, onde que, a maioria maciça dos associados, não dará guarida para com este tipo de postura.
Subliminarmente, dominando bem as regras do jogo, amparada pelo estatuto vigente, as Chapas B e D (esta última da situação), respectivamente, colocaram um ou dois Tenentes no máximo, nas suas extensas listas oficiais, fazendo um agrado explícito, visando obter a maior capilaridade de votos. Esta manobra embora legal, deixa transparecer claramente, que uma Chapa tem interesse apenas eleitoral e outra dá indicativos, que quer permanecer no poder "ad eterno". Agiram assim , devido ao fato, de que as Chapas A e C, já estarem a muito em campanha na rua, sem Tenente nas nominatas. Aliás, sobre a ASOF especificamente, penso que hoje não passaria a um julgamento favorável, pois teriam sido muito poucas as iniciativas positivas de interesse dos associados, levadas a efeito pela atual gestão e outra passadas.
Esta análise é conjuntural e impessoal. Não tenho nada contra ninguém, tampouco contra nossos valorosos Tenentes, que nos honram no dia-a-dia, na coordenação da linha de frente operacional. Apenas, pelo direito que me assiste, expresso minha opinião pessoal de que a história reservou destacadamente para o Tenente Brigadiano, como merecido prêmio, o último degrau na carreira de Nível Médio da Corporação. Sejamos francos e realistas, meus amigos - Os Tenentes sócios da ASOF, e falo isso sem nenhum preconceito ou demérito, pelo contrário, já trocaram de lugar a muito tempo, apenas "existem" no nosso quadro social, sem nenhum brilho ou atuação mais relevante, e esses próprios Oficiais, têm plena consciência disso.
Para conhecimento geral, o registro comum que se tem, no somatório de todas as percepções colhidas nas postagens dos Oficiais, desde o início da crise até agora, registradas no blog oportuno da Frente dos Oficiais de carreira de nível superior, sob a tutela do colega Cel Bengochea, indicam majoritariamente, a vontade dos associados, de formar-se uma nova ASOF, a partir desta eleição, composta somente pelos Oficiais de Carreira de Nível Superior da BM, da ativa e de reserva. Observou -se também, que a idéia básica ( fundante) é a valorização da classe, como um todo, condizente com a nossa posição na hierarquia do tabuleiro estatal. Esta proposta busca ainda, além de tudo, oferecer um enfrentamento tenaz e permanente na consecução dos objetivos e na definitiva superação das irracionalidades e contradições ainda existentes no nosso meio, a começar pelo assunto ( incômodo) dos Tenentes, a resolver. Chegou a hora da mudança de verdade, e com ela, a tomada de decisões difíceis, algumas impostergáveis, como os subsídios, por exemplo.
Aliás, sobre mudança, já dizia o filósofo HERÁCLITO (Ano 540 a.c,) nos seus Fragmentos: "Nada é permanente, tudo muda" ou ainda "A cada dia nasce um nove sol", esta já ocorre a bastante tempo. Alguns colegas teimam em não querer enxergar o óbvio, estampado bem na frente de seus olhos. Ela começou, quando foi flexibilizado o Regulamento Disciplinar da Brigada; ela começou, quando diminuiu-se os postos e graduações; e ainda, quando uma nova legislação criada, definiu a existência somente de duas categorias de profissionais na Corporação: uma carreira de Nível Superior, do Capitão ao Coronel, e outra de Nível Médio, do Soldado ao Tenente, portanto, trata-se de categorias bem distinta e separadas, não ensejando dúvida ou especulação de qualquer ordem. Tudo isso corroborra e abaliza a força do nosso pensamento, a respeito do futuro que queremos para a nossa Associação.
V- CUI PRODEST? - Afinal, a quem interessaria nossa fragilização, enquanto entidade de classe? É difícil captar, mas acredito que dentre os associados, ninguém. Todavia, devemos ficar vigilantes com entidades análogas e outras, devido à competição permanente por espaço e maior influência política. De volta a eleição, para encerrar o presente exame, creio que há duas teses antagônicas entre si, em disputa eleitoral, sendo que uma delas, restará vencedora, tendo o tema do Tenente sócio, como elemento principal no debate. Ocorre que o caldo pode entornar com este impasse, podendo gerar ressentimentos e incertezas futuras e até uma possível ruptura, o que seria nefasto para o conjunto todo. Por isso, me socorro da dialética heraclitiana novamente, para que o seu lógos divino chamado Razão, nos alcançe o seu bom sendo, o equilibrio e a inteligência, tão indispensáveis neste momento crucial do confronto eleitoral, para que depois de terminada a eleição e formulados os primeiros encaminhamentos possíveis, possamos então, retornar ao reino da harmonia e tranquilidade.
Os assuntos polêmicos, sejam divergentes ou convergentes, seguiram na pauta no pós-eleição, não se esgota aqui. Pela coerência e pela naturalidade demonstrada, em prol da mudança de rumo da ASOF, peço o voto do amigo associado para a Chapa A, tendo a certeza absoluta, de que é a única capaz no momento, de nos conduzir para um caminho mais virtuoso e feliz.

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