quarta-feira, 21 de julho de 2010

COMENTÁRIOS QUE FIZ EM APOIO A CHAPA DO CEL RICCARDI NA ELEIÇÃO ASOF/2010

Meus caros amigos!
Neste cenário de crise recente, vimos emergir e cristalizar-se duas principais candidaturas legítimadas, com dois nomes respeitáveis na cabeça das chapas. A princípio, eu tinha dito ao meu amigo Cel Riccardi, que não era idéia minha "endossá-lo publicamente", e que meu voto, lhe seria ofertado de maneira "in pectore", no dia da eleição. Não queria engajar-me diretamente na eleição por razões particulares. Acontece, que não posso ficar mudo, diante de algumas bobagens "eleitorais", que estão espalhando por aí, do tipo assim: "que candidato A ou B, estudou mais ou menos que o outro, se de dia ou de noite, ainda se quiser, de madrugada". Ora, isso não passa de uma tentativa infantil, para descontruir uma das candidaturas. Enquanto na ativa da Brigada, tive o privilégio de servir e conviver no policiamento ostensivo e nos bombeiros, com brilhantes Oficiais com formação em diversas áreas do conhecimento e do esporte inclusive; desde o simples futebol, na educação física, na arquitetura e ainda outras, sem que prejudicasse em nada, a nossa atividade-fim. Fiquei meio desapontado e triste, com este tipo de comentário na campanha, pois parece confirmar-se aquela velha e surrada retórica preconceituosa, contra aqueles que buscam aprender algo mais, fora da Instituição. Isso em nada dignifica e qualifica o nosso pleito, ao contrário. A idéia geral que se tem do pleito (acho que unânime), é começar-se do zero, ou recomeçar uma nova era na associação; ninguém é oposição de ninguém, as agendas (objetivos) são semelhantes, para aguçar um antagonismo mais agressivo entre as partes. Depois de todo o exposto, faço público agora sim, o meu apoio irrestrito à chapa Riccardi-Simoes, olvidando todo o esforço necessário para que vença a eleição ASOF/2010.

COMENTÁRIOS QUE FIZ SOBRE A ELEIÇÃO ASOF/2010 EM APOIO AO CEL RICCARDI 1

Meus caros amigos!
Sirvo-me do humor frasístico do nosso glorioso Barão de Itararé, em "Diga-me com quem andas e direi, se vou contigo", para justificar a minha grande esperança e otimismo, em relação da possibilidade de vitória do meu amigo e colega Cel Riccardi nesta eleição. Primeiro, que ao analisar atentamente a nominata de sua chapa, a começar pela feliz escolha do seu vice-presidente, o nosso colega Cel Simoes, homem de trato fino e simples, respeitado e respeitador, de inquebrantável retidão ética e moral, professor em direito e ainda com uma sólida formação técnica-profissional adquirida na carreira, o nosso candidato dá-nos mostras claras e inequívocas, de sua boa intenção, de montar uma equipe altamente qualificada e capacitada, para enfrentar os difíceis e complexos desafios para o futuro que desejamos da ASOF. Para os demais cargos da chapa, vejo com enorme prazer e alegria, figurarem nomes de Oficiais queridos e consagrados pelo trabalho competente realizado na Brigada, principalmente de Coronéis até os majores, os quais conheço muito bem, cada um deles. Quanto aos Capitães, embora não conhecendo os mais jovens,pela minha passagem à reserva, a escolha, julgo ter sido pelos mesmos critérios. Importante ressaltar ainda, também o equilíbrio e coerência dada à chapa pelo candidato, privilegiando homens e mulheres, e abrangendo todos os postos da carreira de nível superior de BM, incluindo até as áreas especialistas. Enfim, que me perdoe no seu descanso eterno, o famoso Barão de Itararé, mas acredito que ele jamais iria, se vivo fosse hoje, usar a sua outra frase, ainda mais famosa e mordaz, que diz: "De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo", para desmerecer em algum quesito, a bela e qualificada nominata formulada pelo Cel Riccardi. Boa sorte na eleição a todos.

SOBRE A ELEIÇÃO NA ASOF E A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL.

Meus caros amigos!
A eleição da ASOF/2010, ao que tudo indica, vai terminar num ambiente desmobilizado, graças ao “buraco negro” injustificável, para a abertura das urnas e a contagem dos votos. Triste retrato que encerra um ciclo permeado de inúmeras contradições e trapalhadas. Enfim, o que passou, passou, torcemos por melhores dias.
Para “relaxarmos” - saindo da arena de luta da ASOF, indo para o campo futebolístico, por que é tempo de Copa do Mundo na África do Sul. Certa vez ouvi o global Galvão Bueno afirmar em seu programa de TV Bem Amigos, que para falar sobre futebol, tem que colocar a alma junto, senão fica sem sentido. Concordo em gênero e grau. Sem falsa modéstia, penso que futebol corre no meu sangue desde pequeno. Comecei a jogar futebol muito cedo, como infanto-juvenil (lembram do Gaúcho de P. Fundo) e não parei até hoje, apesar da idade.
Hoje, se alguém perguntasse aos cânones de minha geração, os mestres: Jauri, Fraga, Bonete e Guacir e ainda “in memoriam” os saudosos Esaú , Seggiaro , Queirós e o Wagner , se eu realmente jogava bem. Tenho certeza que esse ”timaço”, diria que eu era um virtuoso, que marcava muitos gols, etc. Sobre isso, Platão dizia que a pessoa tinha esta “inclinação” (boa virtude), a partir do seu nascimento.
Antigamente havia um certo preconceito com quem jogava futebol. Fui vítima dessa incompreensão. Na família e até na Academia. Alegavam que era coisa de gente “inferior” (de poucas letras), ou de vagabundo, que não queria trabalhar. Graças a Deus, esta bobagem foi desmistificada. Para exemplificar, citaria alguns “ilustrados” amantes do futebol: O grande filósofo francês Albert Camus foi um goleiro. Dizem que “exigiu” assistir a um jogo de futebol no Brasil antes de dar uma palestra. Já Chico Buarque, gênio cultural, construiu um campo de futebol na sua casa para prática desse esporte. Também um amigo meu, ex-secretario de Estado do RS, altamente erudito, contou-me um dia, com ufanismo juvenil , ter jogado como centro-médio, quando era mais moço.
Como assinante do site Fifa.com (assuntos sobre as Copas), soube de uma matéria genial do escritor e dramaturgo, Nelson Rodrigues, publicada antes da Copa de 58 (na Suécia), que conceituou como “síndrome do vira-lata”, o complexo de inferioridade que a seleção brasileira, pudesse vir a repetir as derrotas de 50 e 54, principalmente a perda do título em casa. Uma espécie de falta de fé no próprio “taco”, que felizmente, acabou não se confirmando. O Brasil conseguiu vencer a sua primeira Copa mundial, iniciando a sua fase de ouro (cinco copas) no cenário internacional, afastando os temores de 50.
Agora, pensando no futuro da nossa ASOF, eu perguntaria! Não seria o momento oportuno, este da Copa da África, para exorcizarmos também os nossos traumas? Estaríamos acometidos de tal “síndrome” e ainda não nos apercebemos? Pensem a respeito. Por fim, antes que eu me esqueça. O futebol é patrimônio da humanidade e a ASOF é uma entidade representativa dos interesses dos Oficiais da Carreira de Nível Superior da Brigada Militar. A magia do futebol permite que todos pratiquem como se verdadeiros “craques”fossem e o papel da ASOF é garantir salários, direitos e prerrogativas dos associados. VIVA O FUTEBOL-“Fonte inesgotável de congraçamento da vida”. E também viva a nossa ASOF! - “Boa sorte à nova gestão que assume”.

CUI PRODEST? I - A QUEM INTERESSA COLOCAR O TENENTE NA DISPUTA?

Meus caros amigos!
Como apoiador da Chapa A , do Cel Riccardi-Simoes, busco luz neste antigo adágio latino, muito utilizado na política tradicional, uma explicação lógica, e não encontro nada factual e convicente, para justificar a inserção de Tenentes nas nominatas das Chapas B (Péricles-Monteiro) e na D (Rocha/Ronaldo), para o pleito ASOF/2010. Depois de todo o desgaste que sofremos, por ocasião da crise vivida, quase um ano de luta, para o pleno reconhecimento do nosso reajuste dos 19,9%, eu me permito em perguntar aos amigos e colegas sócios? Cadê a racionalidade que se presta a tudo isso? É crível? Ou não. Honestamente, pensei que estivéssemos (todos) mudando de mentalidade.
Que esta refrega levada no lombo, seria o ponto de partida, para a nossa renovação e modernização tão sonhada. Otimista, eu vislumbrava uma nova era para a ASOF, sem aqueles "cravos na garganta" que sempre nos emudeceram, não permitindo a evolução natural das coisas. Espero ainda não estar enganado, apesar de alguns colegas, denotarem "querer deixar tudo como está", utilizando os Tenentes como mera correia de transmissão, por motivo eleitoral. Acredito que seria um atraso preocupante e injustificável, onde que, a maioria maciça dos associados, não dará guarida para com este tipo de postura.
Subliminarmente, dominando bem as regras do jogo, amparada pelo estatuto vigente, as Chapas B e D (esta última da situação), respectivamente, colocaram um ou dois Tenentes no máximo, nas suas extensas listas oficiais, fazendo um agrado explícito, visando obter a maior capilaridade de votos. Esta manobra embora legal, deixa transparecer claramente, que uma Chapa tem interesse apenas eleitoral e outra dá indicativos, que quer permanecer no poder "ad eterno". Agiram assim , devido ao fato, de que as Chapas A e C, já estarem a muito em campanha na rua, sem Tenente nas nominatas. Aliás, sobre a ASOF especificamente, penso que hoje não passaria a um julgamento favorável, pois teriam sido muito poucas as iniciativas positivas de interesse dos associados, levadas a efeito pela atual gestão e outra passadas.
Esta análise é conjuntural e impessoal. Não tenho nada contra ninguém, tampouco contra nossos valorosos Tenentes, que nos honram no dia-a-dia, na coordenação da linha de frente operacional. Apenas, pelo direito que me assiste, expresso minha opinião pessoal de que a história reservou destacadamente para o Tenente Brigadiano, como merecido prêmio, o último degrau na carreira de Nível Médio da Corporação. Sejamos francos e realistas, meus amigos - Os Tenentes sócios da ASOF, e falo isso sem nenhum preconceito ou demérito, pelo contrário, já trocaram de lugar a muito tempo, apenas "existem" no nosso quadro social, sem nenhum brilho ou atuação mais relevante, e esses próprios Oficiais, têm plena consciência disso.
Para conhecimento geral, o registro comum que se tem, no somatório de todas as percepções colhidas nas postagens dos Oficiais, desde o início da crise até agora, registradas no blog oportuno da Frente dos Oficiais de carreira de nível superior, sob a tutela do colega Cel Bengochea, indicam majoritariamente, a vontade dos associados, de formar-se uma nova ASOF, a partir desta eleição, composta somente pelos Oficiais de Carreira de Nível Superior da BM, da ativa e de reserva. Observou -se também, que a idéia básica ( fundante) é a valorização da classe, como um todo, condizente com a nossa posição na hierarquia do tabuleiro estatal. Esta proposta busca ainda, além de tudo, oferecer um enfrentamento tenaz e permanente na consecução dos objetivos e na definitiva superação das irracionalidades e contradições ainda existentes no nosso meio, a começar pelo assunto ( incômodo) dos Tenentes, a resolver. Chegou a hora da mudança de verdade, e com ela, a tomada de decisões difíceis, algumas impostergáveis, como os subsídios, por exemplo.
Aliás, sobre mudança, já dizia o filósofo HERÁCLITO (Ano 540 a.c,) nos seus Fragmentos: "Nada é permanente, tudo muda" ou ainda "A cada dia nasce um nove sol", esta já ocorre a bastante tempo. Alguns colegas teimam em não querer enxergar o óbvio, estampado bem na frente de seus olhos. Ela começou, quando foi flexibilizado o Regulamento Disciplinar da Brigada; ela começou, quando diminuiu-se os postos e graduações; e ainda, quando uma nova legislação criada, definiu a existência somente de duas categorias de profissionais na Corporação: uma carreira de Nível Superior, do Capitão ao Coronel, e outra de Nível Médio, do Soldado ao Tenente, portanto, trata-se de categorias bem distinta e separadas, não ensejando dúvida ou especulação de qualquer ordem. Tudo isso corroborra e abaliza a força do nosso pensamento, a respeito do futuro que queremos para a nossa Associação.
V- CUI PRODEST? - Afinal, a quem interessaria nossa fragilização, enquanto entidade de classe? É difícil captar, mas acredito que dentre os associados, ninguém. Todavia, devemos ficar vigilantes com entidades análogas e outras, devido à competição permanente por espaço e maior influência política. De volta a eleição, para encerrar o presente exame, creio que há duas teses antagônicas entre si, em disputa eleitoral, sendo que uma delas, restará vencedora, tendo o tema do Tenente sócio, como elemento principal no debate. Ocorre que o caldo pode entornar com este impasse, podendo gerar ressentimentos e incertezas futuras e até uma possível ruptura, o que seria nefasto para o conjunto todo. Por isso, me socorro da dialética heraclitiana novamente, para que o seu lógos divino chamado Razão, nos alcançe o seu bom sendo, o equilibrio e a inteligência, tão indispensáveis neste momento crucial do confronto eleitoral, para que depois de terminada a eleição e formulados os primeiros encaminhamentos possíveis, possamos então, retornar ao reino da harmonia e tranquilidade.
Os assuntos polêmicos, sejam divergentes ou convergentes, seguiram na pauta no pós-eleição, não se esgota aqui. Pela coerência e pela naturalidade demonstrada, em prol da mudança de rumo da ASOF, peço o voto do amigo associado para a Chapa A, tendo a certeza absoluta, de que é a única capaz no momento, de nos conduzir para um caminho mais virtuoso e feliz.

PÓS-ELEIÇÃO NA ASOF. DE ROUPA E ALMA NOVA

Meus caros amigos!
Coincidência ou não, este ano estamos vendo passar juntas, a Copa do Mundo e a eleição da ASOF. A primeira faz renascer toda a carga patriótica que guardamos no peito. Quanto a segunda, movida pelo ensejo de mudança, parece que balançou nossos “alicerces”, com o surto classista que tivemos. Que foi surpreendente para mim, foi. Então, seria bom registrar, que já há “um motivo” para regozijo. No debate que se fez, poderíamos ter cobrado mais clareza sobre os temas relevantes dos candidatos. Só não o fizemos por pura falta de parâmetros e de um “exercício” político-associativo mais militante. Como um “tranta”, pelo menos, esta eleição se prestou, para descortinarmos todo o passado da ASOF, analisando os erros, para orientarmos a história em outro sentido, e ainda, como um divisor de águas, estabelecendo a descontinuidade definitiva, com o tipo de gestão anterior, marcadas todas, pelo marasmo e pela desesperança.
Neste (relax ) de pós-eleição, é possível “decantarmos” algumas verdades: 1) ficou patente, de que precisamos radicalizar alguns métodos de atuação, a começar pela política inadiável de “valorização”, tanto social como profissional; 2) de uma enorme demanda de atitudes e ações afirmativas , que nos devolva a dignidade e o “empoderamento perdido;3) poderíamos encontrar uma “penca” de razões que nos enfraqueceram, desimportante isso agora, uma vez que as gestões anteriores, nunca foram cobradas devidamente pelos seus atos; 4) e que ainda, temos todos “dívidas”, para que redundasse no estado de fragilidade que se encontra. Nesta simples didática, vimos que nosso desinteresse em relação à ASOF foi tanto, que acabou insuperável no tempo. É de esperar, agora, “de roupa e alma nova”, que este compromisso assumido na eleição, venha a nos redimir um pouco.
Para encerrar, a pergunta ”da hora”: O que falta para a ASOF crescer? Decerto subiremos de degrau. Paulatinamente. Pior do que está é impossível. Acho que dependerá muito da capacidade estratégica e de ousadia da nova gestão. Ela precisa acenar com “mexidas” concretas na sua estruturação, livrando-se dos entraves que impediram o seu desenvolvimento. Em princípio, essas reformas necessárias, em sua grande parte, devem ser “lideradas” pelo novo presidente da ASOF. Entretanto, sabemos que toda a ação política (de gestão), para ter sucesso, deve ser “coletiva”, atrelada, fundamentalmente, no maciço engajamento de todos os seus integrantes. Esta relação simbiótica, se não funcionar com entropia, continuaremos a não ver muita luz no fundo do túnel. Baseado na filosofia universalista do alemão do século XVII, GOTTFRIED VON LEIBNITZ, este artigo pode ser resumido assim: “de que podemos, sim, todos juntos e unidos, fazer da ASOF, um mundo melhor para vivermos”. Então, Vamos à luta já!

NOVOS VENTOS SOPRAM NA ASOF - SERÁ MESMO?

Meus Caros Associados!
Certamente que a ASOF não será mais a mesma, passada esta eleição. Parece que a grave crise vivida pelo reajuste salarial acendeu-nos a luz ”vermelha”. Aliás, já vinha piscando no amarelo a muito. Para o bem ou para o mal, foi a partir dela, que criaram-se as condições favoráveis (ambiente) às mudanças tão almejadas.
Apoiando online uma das candidaturas, pude acompanhar, pari passu, a grande impetuosidade e veemência nas promessas (seriedade) dos candidatos, e ainda perceber o olhar interessado dos associados, atrevendo-me a dizer, que esta eleição tem tudo, para deixar de ser apenas mais uma “cosmética”, a exemplo de todas as outras. Parece que o debate teve a pertinência devida, e já está “rendendo”, levando-me a crer, otimista, que as mazelas “encruadas” (estagnadas), por inapetência anterior, finalmente começaram a ser combatidas de verdade.
Por outro lado, mutatis mutanti, reconheço que uma reforma ampla e geral (imediata) é difícil, e, por isso, devemos fazer mudanças pontuais, como a questão ainda “sangrando” dos Capitães e Tenentes, por exemplo. No meu (limitado) ponto de vista, esta eleição não é, de forma alguma, a parte final do processo. Pelo contrário, é o início de uma caminhada longa e árdua, que temos pela frente, para “afirmarmos” realmente a nossa ASOF, como uma entidade confiável e respeitada.
O tipo de Associação que vai surgir, consensus omniun , dependerá muito da luta social e política (associativa), que travarmos, unidos, em prol dos objetivos comuns, levando em conta (sempre), a nossa capacidade de “compreensão”, do que realmente aconteceu nos últimos tempos. Principalmente as coisas “ruins”. Este artigo é uma percepção momentânea, podendo ser mudado, contraditado, e até superado por outras contribuições, se quiserem. (”As vezes temos que passar por uma experiência negativa, para depois vencer “), de Javier Frana.

UMA ESCOLHA À NOVA ASOF: VIVER DE ILUSÃO OU TER MAIOR PROTAGONISMO.

Meus caros amigos!
Numa democracia (de massas) igual a nossa e eleições a cada instante, veremos sempre serem privilegiados os aspectos políticos e não os técnicos. É só prestar atenção nas pressões pré-eleitorais em curso, sinalizando que: “que nós estamos cansados de vivermos somente de ilusões”. Não precisamos ser PhD em política, porém há necessidade de nos educarmos melhor, para podermos debater de igual para igual. O pragmatismo da vida moderna está estabelecendo novos métodos para obtenção de ganhos. Nesse sentido, a nova gestão da ASOF, se bem orientada e treinada, pode cumprir importante papel.
Para entender o processo, como ele se dá realmente, basta constatarmos que nunca tivemos uma política salarial digna, satisfatória (e definitiva), pois nunca soubemos influenciar os poderes públicos e a sociedade da importância da atividade policial. Por isto, não me espanta uma notícia do Congresso Nacional, da possível aprovação de um reajuste aos seus servidores, onde um telefonista daquele poder (nada contra ele) passará a ganhar mais de 16 000,00 mil reais ao mês. Por purismo, acabamos nos distanciando demais da política, dando carta branca para que outros intercedessem por nós, sem nenhum conhecimento de causa.
Como profissionais de segurança pública, portanto técnicos, nunca tivemos muita paciência, e nem nos acostumamos a discutirmos as políticas de segurança, com a devida responsabilidade política. Ouso em dizer, que nem sabemos identificar ainda um “problema político de nosso real interesse” (grifo nosso). E porque digo isso? Seria burrice? Óbvio que não. Acontece que a linguagem política ainda soa um tanto estranha para nós, pois foi nos vedada lá na origem, pelo rigorismo castrense. Não tivemos a oportunidade de criarmos um pensamento político (com DNA próprio). Aliás, está passando da hora, para nos tornarmos donos e sujeitos da nossa própria história.
Entendo que a nova ASOF, não deva (obrigatoriamente), se ocupar das questões políticas, pelos menos nas questões partidárias, eleições ou ter preferências ideológicas. Basta que sejamos apartidários na ação política, ao defendermos os nossos pontos de vista. Portanto, não vejo nenhum impeditivo, para que não passemos logo, a produzirmos idéias políticas (mais relevantes), sobretudo aquelas que farão valer os princípios e valores já consagrados, visando preservar a dignidade e a valorização da carreira dos Oficiais de nível superior.
Acho finalmente, que temos grandes temas para discussão na ASOF, inclusive podemos tratar sobre outras políticas públicas (correlatas), que ajudem a aperfeiçoar a nossa “práxis política,” a partir desta nova visão. Penso que pra termos uma maior expressão política ainda é um anátema a ser exorcizado entre nós. Levará algum tempo para o aprendizado. Mas, graças a Deus, a democracia brasileira se alarga mais a cada dia, principalmente no que tange às liberdades individuais e coletivas. Aproveitemos para sairmos do casulo e mostrarmos a nova cara da ASOF ao mundo. Como dizia Max Webber: “Há duas maneiras de fazer política: ou se vive para a política ou se vive da política”.