terça-feira, 24 de agosto de 2010

MEU AMIGO (A)! SABIA QUE VOCE PODE SER MAIS?


(BASTA TER CONSCIÊNCIA DISSO)


O ser humano não se encontra, ao nascer, plenamente constituído em seu ser. Ele é ainda um ser “por fazer-se”, e tem um longo caminho a percorrer, enfatiza o Professor de Filosofia PEDRO GAMBIM, na sua obra “A vida Humana, 1987”. Ele pode ser mais, muito mais do que sua aparente fragilidade inicial. Porém, precisa assumir o compromisso de realizar sua vida como um projeto seu. Nós (todos) somos fruto de nossas escolhas. Escolher, eis o grande desafio! Escolher o bem, o que é melhor, para si mesmo, para os outros e para o mundo. Dentre as necessidades do ser humano para realizar sua vida, uma se impõe sobre as demais: compreender a vida e dar sentido a ela. A frase do filósofo latino Sêneca (4 a.C - 65 d.C) explica que: “Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai”, mostrando com muita clareza, a necessidade de termos objetivos na vida. A vida humana é feita de luta, esforço e dedicação, o que nos permite preparar e construir um futuro. Não importa o que temos que esperar pela vida, mas o que a vida espera de nós. Para tanto, precisamos ter objetivos, metas e ideais, sobretudo ética, para discernir o que é bom para o indivíduo e para a sociedade como um todo. O poeta brasileiro LINDOLF BELL (1938-1998), num de seus belos poemas, disse: “somos do tamanho de nossa esperança, que menor do que o meu sonho... não posso ser”. Quer dizer, sem sonhos, sem esperanças, sem objetivos na vida, não somos capazes de interpretar o mundo, tudo que nos rodeia e nem a nós mesmos. Os objetivos atualizam a esperança e nos tornam mais fortes. Fazem-nos acreditar que é possível alcançar uma vida melhor e mais humana. Dão-nos a certeza de que somos seres inacabados, de que ainda não estamos prontos. Acerca disso, o médico psiquiatra e escritor austríaco VIKTOR FRANKL (1905-1997), vítima do holocausto nazista, no seu livro “Em busca de sentido”, relata-nos como foi possível transformar numa vitória interior, toda aquele martírio profundo, para o seu crescimento pessoal e humano. Como encontrou força (razões) para continuar vivendo? Disse ter sido no próprio sofrimento. Viver significa sofrer também. Alegou que esse motivo poderia ser ainda o amor, uma obra ou uma meta qualquer, que faça o homem desejar continuar vivo, assumindo a responsabilidade de sua existência. O homem tem que ter consciência de que não existe simplesmente, que ele pode decidir sua vida, pois tem plena liberdade para isso. Por exemplo, uma doença terminal pode não ser mudada, mas que podemos mudar a maneira de como vamos enfrentá-la. Acredito que encontrar (mais do que dar) um sentido para sua vida, através de sua consciência, torna-se a maior tarefa do ser humano na terra. Para aquele que pensa em jogar a toalha, deixar de lutar pela própria vida na busca de contentamento e felicidade, deixo para um aforismo do filósofo alemão FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900), para refletir, que diz: “Quem tem um porquê para viver, suporta qualquer como viver!”. A falta disso estabelece um vazio existencial que se configura em tédio e angústia. Obrigado por ser meu amigo. Um abraço do BORTOLI, Tenente Coronel da reserva e Acadêmico em Filosofia.

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